Rio grande da Serra, 05/06/2025.
“Categoria essencial, mas invisível”: Projeto busca dignidade para motoboys e entregadores
Em um requerimento protocolado na Câmara Municipal de Rio Grande da Serra, o vereador Salacier (PSB) cobrou da Prefeitura, por meio da Secretaria de Obras e Planejamento, a implantação de um ponto de apoio coberto e estruturado para motoboys e entregadores. A proposta visa oferecer condições mínimas de conforto e segurança a esses profissionais, que diariamente enfrentam sol, chuva e longas jornadas sem um local adequado para descanso.
“É uma questão de respeito e reconhecimento”, diz Salacier
O vereador, conhecido por pautas voltadas a trabalhadores e minorias, destacou que os motofretistas são “peças-chave na economia local”, especialmente após o crescimento dos serviços de delivery durante e após a pandemia. No entanto, apesar da importância, a categoria segue “invisível aos olhos do poder público”, sem políticas que garantam seu bem-estar.
“Esses trabalhadores passam horas em cima da moto, enfrentando todo tipo de intempérie, sem ter onde se abrigar, beber água ou esperar por novas corridas com dignidade. É uma demanda justa e urgente”, afirmou Salacier em entrevista.
O que pede o projeto?
O requerimento solicita que a Prefeitura:
✅ Analise a viabilidade de um ponto de apoio em local estratégico (de preferência no centro);
✅ Instale cobertura, bancos e estrutura básica (como bebedouros e tomadas);
✅ Dê um retorno em 15 dias sobre a possibilidade de execução.
A justificativa ressalta que a iniciativa não só melhora a qualidade de vida dos profissionais, mas também reduz riscos de acidentes, já que muitos motoboys acabam parando em vias perigosas por falta de opção.
Motoboys aprovam a ideia: “A gente se sente abandonado”
Em conversa com entregadores na região, a reportagem ouviu relatos como o de Marcos Silva, 32 anos, que trabalha há 5 anos no ramo:
“Trabalho 12 horas por dia. Quando chove, fico encharcado; no calor, é um sofrimento. Se tivesse um ponto com sombra e água, já seria um alívio enorme.”
Outros destacaram a falta de reconhecimento:
“A gente movimenta o comércio, leva comida, remédio, encomendas, mas ninguém lembra da gente. Até banheiro público falta”, desabafou Felipe, motoboy há 3 anos.
E agora?
O prazo para a Prefeitura se manifestar é de 15 dias. Caso aprovado, Rio Grande da Serra pode se tornar exemplo de política pública para trabalhadores de aplicativo – um dos setores que mais crescem, mas com pouca regulamentação.
Salacier espera por ações concretas:
“Se a Prefeitura reconhece que esses profissionais são essenciais, precisa agir. É um passo pequeno, mas que fará grande diferença.”
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