Rio grande da Serra, 05/06/2025.
Indignação de família expõe falhas na educação inclusiva
A Escola Estadual Francisco Lourenço de Melo, conhecida como “Chico Melo”, está no centro de uma polêmica após relatos de pais e responsáveis sobre a falta de suporte a alunos com necessidades educacionais especiais. Um desabafo emocionado de uma tia, Sarah Geovanini, viralizou nas redes sociais e trouxe à tona questões graves envolvendo o acompanhamento pedagógico e a inclusão de crianças com transtornos como TDAH, autismo e DPAC (Distúrbio do Processamento Auditivo Central).
“Meu sobrinho é inteligente, mas ninguém o ajuda a ler”
O relato da família começa com a frustração de ver um aluno com diagnóstico comprovado sendo negligenciado. A criança, que já teve acompanhamento individual em anos anteriores, agora está sem apoio em sala de aula e durante as avaliações.
“Ontem teve prova, e não ajudaram ele. Ele chutou as questões sem entender, enquanto a professora ficou sentada, sem intervir. Quando um coleguinha com autismo tentou ajudar, ela tirou pontos dele. Se ela não faz o papel dela, e outro aluno tenta, por que punir?”, questiona Sarah.
A indignação aumenta quando a família relembra situações em que a escola agiu de forma contraditória. Em um dos casos, a mãe foi chamada para uma reunião sob a alegação de que o filho havia brigado na saída da escola – só que, naquele dia, ele sequer havia comparecido às aulas, pois estava em uma consulta médica.
“Mudar de escola não resolve o problema”
Questionamentos como “Por que não muda de escola?” são rebatidos com um argumento claro: a transferência não resolve a falta de estrutura do sistema. “O que adianta mudar se o problema da inclusão mal feita vai continuar?”, reflete Sarah.
A família ressalta que a escola deveria ser um ambiente de acolhimento, mas o que se vê é a repetição de falhas que prejudicam o desenvolvimento de crianças que já enfrentam desafios diários.
Educação Inclusiva: Uma realidade distante?
O caso expõe uma discussão urgente: a inclusão escolar, embora prevista em lei, ainda não é uma realidade efetiva em muitas instituições públicas. A falta de preparo de professores, a ausência de monitores especializados e a burocracia para garantir direitos básicos são problemas frequentes relatados por pais de alunos com deficiências.
“A escola é onde tudo começa. Se nossos filhos já são deixados para trás ali, como vão enfrentar o mundo lá fora?”, desabafa Sarah.
A escola se manifestou?
Até o momento, a direção da Escola Estadual Francisco Lourenço de Melo não se pronunciou publicamente sobre as denúncias. A reportagem tentou contato com a Diretoria da Escola, mas não obteve resposta, apenas que estaria em conversa com a mãe.
Enquanto isso, famílias afetadas esperam que a visibilidade do caso pressione por mudanças. “Chega de ficar calado!”, conclui Sarah, ecoando o sentimento de muitos outros pais que enfrentam situações semelhantes.
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Nota da redação: Esta reportagem foi produzida com base em um depoimento pessoal. https://www.facebook.com/share/p/1CECwWdEYv/?mibextid=wwXIfr
Caso a escola ou a Secretaria de Educação queira se manifestar, o espaço está aberto para direito de resposta.
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