Novo escândalo envolvendo Atila Jacomussi pode prejudicar alianças políticas em Rio Grande da Serra?

Deputado estadual é suspeito difusão de informações falsas, calúnia e difamação quando disputou Paço de Mauá contra prefeito Marcelo Oliveira

Rio Grande da Serra, 31de Maio de 2025.

O deputado estadual Atila Jacomussi (União Brasil), figura política já bastante conhecida em Rio Grande da Serra, está no centro de mais uma polêmica que pode comprometer suas articulações na cidade e na região do Grande ABC. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou à Polícia Federal a instauração de um inquérito para apurar possíveis crimes eleitorais cometidos por Atila durante a eleição de 2024 em Mauá.

O parlamentar (segundo a matéria do dgabc) é investigado por supostos crimes de divulgação de fake news, calúnia e difamação contra o então adversário político e atual prefeito reeleito, Marcelo Oliveira (PT), com base em postagens nas redes sociais nas quais Atila acusa a campanha petista de envolvimento em boca de urna e compra de votos.

A situação, que já gera repercussão em Mauá, também ecoa em Rio Grande da Serra, onde Atila tem buscado construir bases e alianças estratégicas. Na cidade, ele conta com o apoio político de nomes como o vereador Marcos Costa (Republicanos) e o vereador Agnaldo do Salgado (Avante). Ambos têm manifestado apoio público ao deputado, inclusive com postagens recentes defendendo sua atuação e ressaltando sua trajetória política.

Além dos dois parlamentares, outras lideranças locais também se alinham ao grupo político de Atila, como ex-secretários municipais, pré-candidatos a vereador e articuladores comunitários, que enxergam no deputado uma ponte entre a cidade e o Governo do Estado. Essas lideranças já vinham indicando, nas redes sociais, apoio a um possível projeto de reeleição de Atila, inclusive participando de eventos e reuniões políticas com o parlamentar.

No entanto, esse novo escândalo pode fragilizar o capital político de Atila na cidade. A investigação, que tramita com base nos artigos 323, 324 e 325 do Código Eleitoral (difusão de informações falsas, calúnia e difamação), pode acarretar penas que variam de 11 meses a 4 anos de prisão, caso o deputado venha a ser condenado.

Mesmo com a retirada das postagens das redes sociais, a assessoria de Atila afirma que a motivação foi jurídica, ligada ao impulsionamento de conteúdo — prática vedada — e não a qualquer imposição judicial. Em nota, a defesa garante que “as publicações refletiram apenas a preocupação com a lisura do pleito”.

A possível repercussão negativa do caso levanta dúvidas sobre a manutenção de sua força entre aliados locais. Em Rio Grande da Serra, o episódio já é motivo de bastidores políticos e pode influenciar futuras composições partidárias, especialmente num cenário de pré-campanha acirrada para 2026.

A depender do desenrolar das investigações, Atila Jacomussi pode ver sua influência encolher justamente num dos municípios onde vinha conseguindo maior inserção política nos últimos anos.

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